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HISTÓRIA DO MUNICÍPIO

O ciclo econômico do tropeirismo, através do vai-e-vem das tropas, contribuiu também para ligação territorial brasileira na região sul, pois através do caminho as tropas, criaram um imenso corredor cultural, influenciando os usos, costumes, tradições e cultura da época e a miscigenação das raças. Isso tudo porque as tropas percorriam um trecho de 40 quilômetros por dia, para daí fazerem as paradas.

 

 Geralmente nestes pontos, os tropeiros encontravam abrigo, boa água, lenha e eram regularmente repetidos por causa dessas facilidades. Ao redor deles e com a freqüência das tropas foram sendo criados pontos de comércio que deram origem aos arraiás, povoados, freguesias, vilas e finalmente cidades. No Paraná o trecho é composto por quase 500 quilômetros passando por 16 municípios: Rio Negro, Campo do Tenente, Lapa, Porto Amazonas, Palmeira, Balsa Nova, Campo Largo, Ponta Grossa, Carambeí, Castro, Tibagi, Telêmaco Borba, Piraí do Sul, Jaguariaíva, Arapoti e Sengés. Desta forma cruzando o Paraná, os tropeiros influenciaram o progresso nos estados por onde passaram e também pelos produtos que eram distribuídos por eles aos demais pontos do país. O corredor do progresso iniciado por estes homens no inicio do século XVIII, levando as riquezas, persistiu até a década de 30 do século passado.

O povoamento da localidade onde hoje se encontra Piraí do Sul foi iniciado em princípios do século XVII, numa gleba de propriedade do Padre Lucas Rodrigues França, filho do Capitão-Governador João Rodrigues França. A fazenda propriedade do Padre Lucas se localizava no vale do rio Piraí. O primeiro nome da localidade foi o de Bairro da Lança.

Nos meados do século XIX os moradores do bairro da Lança, construíram a Capela do Senhor Menino Deus e em torno do novo templo, foram se erguendo vivendas que formaram a povoação de Lança. Dentre os primeiros habitantes da localidade, destacaram-se João da Lança, Joaquim Guerreiro e outros.

Pela Lei nº 329 de 12 de Abril de 1872, o povoado de Lança foi elevado a categoria de freguesia, com a denominação de Freguesia do Senhor Menino Deus de Piraí, integrando o território do Município de Castro. Em virtude da Lei provincial nº 631 de 5 de março de 1881, Piraí foi elevado a categoria de Vila, com território desmembrado de Castro.

O novo município foi instalado solenemente em 24 de Julho de 1882, data em que foi também empossada a primeira Câmara Municipal. Ao efetuar-se a revisão do quadro territorial do Estado, em 1943, a denominação do município foi alterada para Mirim. Por força do Decreto-Lei Estadual nº 2 de 10 de outubro de 1947, mais uma vez foi modificada a denominação do Município, que passou a denominar-se Piraí do Sul, nome que ainda conserva até a presente data.

 

História: o relato dos envolvidos na criação dos símbolos da cidade

Em março de 1975, o prefeito da época, constituiu um grupo de trabalho para pesquisar e aconselhar o município na criação de seus símbolos municipais: Bandeira e Brasão. O grupo foi formado pelos professores: Daniel Pedro Scaramella, Laís Ephigenia Ressetti, Cecília de Freitas Barbosa e Doutor Odahir Amaral e Silva, tendo como presidente o professor Daniel.
Os professores buscaram informações sobre a origem histórica, denominações, religião, aspectos geográficos, povo, recursos econômicos, desenvolvimento industrial, comércio, educação e cultura, transportes e outros serviços do município. Baseados neste trabalho, sugeriram os símbolos, como contam nas entrevistas a seguir.

 

Professor Daniel

O professor Daniel nasceu em 23 de fevereiro de 1923. Formou-se em Letras – Português e Francês, pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ponta Grossa. Lecionou por 30 anos e há 20 está aposentado.

Como foi o estudo para a elaboração da Bandeira e do Brasão de Piraí do Sul?
O prefeito Samuel Milleo, em 1975, pediu para nós constituirmos um grupo de trabalho que pudesse levantar material e aconselhar os símbolos para o município. Nós formamos um grupo eu, Laís, Cecilia e Doutor Amaral. No documento comunico, através das atas, o que podíamos levantar: a localização no planalto paranaense; a origens indígenas, os índios que aqui habitavam; a estrada que por aqui passava; o que o município produzia. Baseados no que nós tínhamos estudado, fizemos os símbolos que de fato poderiam representar Piraí.
O prefeito então contratou a empresa que elaborou os símbolos e encaminhou o documento para a Câmara, sugerindo aprovação porque estava tudo de acordo. Foi feita uma festa em praça pública e enfim inauguramos os símbolos. Nosso trabalho não foi grande, mas foi preciso fazer.

Qual é o sentimento de ter contribuído de uma maneira tão importante para o município?
Me senti honrado, porque sou piraiense. Estava exercendo o magistério como professor de português e tinha prazer de fazer alguma pesquisa. Nesta, muitas coisas podiam ser pesquisadas, mas tínhamos um prazo para entregar. Para nós foi um prazer e para mim, que fui nomeado como presidente e que redigi os manuscritos, foi muito bom saber que fiz um trabalho para o município.

 

Professora Laís

Durante 35 anos, Laís foi professora de História e Geografia, lecionando nos três turnos.

Como foi o convite para fazer parte do grupo de trabalho?
Eu vim para cá em 1959, quando me casei. Eu gosto de Piraí como se tivesse nascido aqui. Era prefeito da cidade, seu Samuel Milleo. Eu o conhecia antes de vir para Piraí, porque éramos muito amigos do Dr. David Federmann, em Ponta Grossa. Vim para cá a conhecimento dele, e quando cheguei aqui, tive a honra de ser convidada para organizar a bandeira e o escudo de armas. Me senti muito honrada por não ser de Piraí e ter sido convidada. É uma coisa muito importante na vida da gente.

O que a senhora tem a dizer sobre Piraí do Sul?
Adoro Piraí. Ôh, terrinha boa pra gente morar! Tenho muitas amizades. Meu marido que era nascido em Piraí, dizia assim pra mim: ‘eu não sou de Piraí, piraiense é você; conhece todo mundo e gosta de todo mundo’. Piraí do Sul é uma cidade sorriso, recebe todo mundo de mãos abertas. Recebe e trata muito bem as pessoas, com muito carinho. Mesmo as pessoas sendo de fora, encontram em aqui seu lugar, seu chão.

 

Download:

Lei_391-1975-Dispoe_sobre_forma_e_apresentacao_simbolos_Pirai_do_Sul

 

Curiosidades

 

– A Portaria n° 12, de 06 de março de 1975, registrada na folha 145 do livro próprio sob n° 9 e assinada pelo então prefeito municipal Samuel Milleo, constituiu “um Grupo de Trabalho, integrado pelos Senhores Professores DANIEL PEDRO SCARAMELLA, LAIS EPHIGENIA RESSETTI, CECILIA DE FREITAS BARBOSA e DOUTOR ODAHIR AMARAL E SILVA, sob a Presidência do primeiro, estudar e emitir parecer a respeito da criação da Bandeira e Brasão da cidade de Piraí do Sul apresentando igualmente, baseado nestes trabalhos, o modelo do futuro símbolo.”;

– Uma lança de guerra, perdida, foi encontrada na região (provavelmente na jornada para a guerra das Missões), foi o suficiente para denominar toda a região do atual município de Piraí do Sul. E é com essa denominação que aparece historicamente o Bairro da Lança (conforme documento da Cúria Diocesana de São Paulo, em 10 de maio de 1949, despacho de ereção da 1ª Capela);

– Com a elevação a Freguesia, os líderes batalhadores pela elevação, provavelmente quiseram apagar a ideia de “bairro” e mudaram o nome para Pirahy (nome indígena do rio em cuja margem esquerda localiza-se a cidade). Esta segunda denominação foi alterada para Piraí-Mirim pelo Decreto Estadual nº 199 (de 30 de dezembro de 1943). Em virtude da existência de uma cidade maior e mais antiga no Estado do Rio de Janeiro.

– Em 1947, atendendo ao desejo da população que não gostara do adjetivo “Mirim” (pequeno) foi o município rebatizado (Lei nº 2 de 10 de outubro de 1947) para Piraí do Sul, denominação atual.

– Duas festividades religiosas estão sempre presentes nos corações piraienses: 25 de dezembro, dia do Padroeiro “O Senhor Menino Deus”, e 27 de dezembro, dia de “Nossa Senhora das Brotas” – festa tradicional e já conhecida como uma das maiores festas religiosas de todo o Estado.

– Características relevantes que representam Piraí do Sul: o bandeirante como desbravador e conquistador; o gado – motivo de fixação dos primeiros habitantes; o índio Cainguangue defendendo a terra; o tropeiro como agente dinâmico; a lança – fator gerador de primeira denominação; o pinheiro – segunda atividade econômica de importância e características da terra; o verdor e beleza da terra; a fé cristã – característica fundamental; a operosidade, o amor à terra, o espírito cívico e a cultura do povo; a lavoura moderna como fator de riqueza e esperança de desenvolvimento.

– Datas importantes: “10 de maio de 1849 – primeiro documento oficial – ereção da 1ª Capela”; “5 de março de 1881 – categoria de Vila”; “23 de abril de 1946 – Instalação da Comarca”.

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